terça-feira, 19 de janeiro de 2010

HOJE

Hoje sinto-me ...


Body Rockers - I like the way you move

E agora??? Quem é que aguenta???? Yessssssssssssssssssssssssssssss



segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

TRISTE É NÃO SENTIR NADA...




É possível entristecermo-nos por vários motivos ou por nenhum motivo aparente.
A tristeza pode ser por nós mesmos, pode vir de uma palavra ou de um gesto ou de uma dada situação. Quando ela aparece devemos esforçarmo-nos para recebê-la.

A tristeza não faz realmente bem à saúde, mas a introspecção é um recuo providencial, pois é quando silenciamos que melhor conversamos connosco próprios. E dessa conversa saiam lições, sinais, forças inesperadas, e a tristeza acaba também por sair, dando espaço a uma alegria nova e revitalizada. A tristeza é considerada uma anomalia do humor, uma doença contagiosa, que é melhor eliminar desde o primeiro sintoma.

Hoje acordei desmotivada, foi difícil sair da cama mesmo sabendo que um ténue sol se exibia lá fora e convidava-me a viver mais um dia. Hoje acordei como sempre despenteada, foi com algum esforço que cumpri os rituais de sempre. Hoje não foi um dia como os outros, não encontrei energia nem para me sentir culpada pelo meu desanimo. A minha voz interior bem grita “anima-te!”... O meu subconsciente bem que me sussurra “- há muita gente que vive coisas graves”... mas a pouca energia desta manhã lá me empurrou a voltar a ser aquela que sempre fui... e a enfrentar a velha guerra de sempre, apesar do cansaço acumulado.

A verdade é que eu não acordei triste, mas assim fiquei durante o dia.
Apesar de triste, tudo está normal. Afinal ficar triste é um sentimento tão legítimo como ficar alegre. É um registo da nossa sensibilidade, que ora gargalha em grupo, ora busca o silêncio e a solidão. Estar triste não é estar deprimido. Estar triste é estar atento a si próprio, é estar desapontado com alguém, com vários ou consigo mesmo, é estar um pouco cansado de certas repetições, é descobrir-se frágil num dia qualquer, sem uma razão aparente, embora no meu caso, eu saiba bem a razão. As razões têm essa mania de serem discretas.

Há dias em que a tristeza aparece e não há medicamentos mágicos para camuflar a nossa introspecção e desanimo.

Mas se pensarmos bem, até que pode existir uma alegria inesperada na tristeza, e que vem do facto de ainda conseguirmos senti-la... Sentir alimenta, sentir ensina, sentir aquieta. Sentir é um retiro. O sentir não pode ser escutado, apenas auscultado, e às vezes é bom sermos o nosso médico de serviço.

Sentir é um verbo que se conjuga para dentro ao contrário do fazer, que é conjugado para fora. A vida assenta nesta dualidade entre o sentir e o fazer.